domingo, 28 de abril de 2013

Me disseram que o amor constrói. Constrói pontes, elos inquebráveis. Mas penso que o amor isso faz se, e somente se, aquele que ama doar esse amor de forma incondicional, de forma a não exigir, a não explorar, a não ser obsessivo. O amor se torna lindo a medida que se conhece o outro, a medida que se aproxima de forma dada, sem querer nada em troca.
Vejo pessoas falando em amor, falando que amam. Vejo elas se casando, namorando, amando. No entanto, ao minimo deslize, tal amor se converte em um furor, em uma espécie de loucura, que as fazem se apropriar do corpo, do desejo da outra pessoa e não permite que ela seja livre. Amor doentio, que em vez de construir elos e pontes, destrói a liberdade individual, aprisiona no medo, na decepção.
As pessoas falham, o amor não. As pessoas enganam, o amor não.
Creio no amor que constrói, sim, eu creio. Mas ele só irá construir quando o coração de quem o mantém aprender a ser fiel, a ser digno, a respeitar o outro. Quando o coração de quem o mantém estiver pronto para se doar, aí sim, o amor construirá uma ponte que conduzirá para a eternidade. Aí sim o amor aperfeiçoará o mundo.

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